sexta-feira, 17 de junho de 2011

Anorexia Nervosa

A anorexia nervosa é um transtorno alimentar no qual a busca implacável por magreza leva a pessoa a recorrer a estratégias para perda de peso, ocasionando importante emagrecimento. As pessoas anoréxicas mesmo estando extremamente magras, elas apresentam um medo intenso de engordar. Então a anorexia nervosa é caracterizada por perda de peso auto-imposta, disfunção endócrina e uma atitude psicopatológica distorcida com relação à alimentação e ao peso.


A doença ocorre tipicamente em mulheres logo após a puberdade ou no final da adolescência. Essas mulheres fazem exercícios físicos exagerados, podem ter depressão, ansiedade, irritabilidade, interesse exagerado por alimentos, se isolam, param de menstruar (amenorréia), o sistema imunológico fica debilitado, desnutrição, desidratação, hipotensão, anemia, redução da massa muscular, maior sensibilidade ao frio, motilidade gástrica diminuída, osteoporose, infertilidade em casos crônicos e a morte da pessoa em casos extremos.



As alterações fisiopatológicas da anorexia nervosa são semelhantes àquelas observadas em outros estados de semi-inanição. Na maior parte, elas constituem respostas adaptativas que permitem ao indivíduo sobreviver com uma baixa ingestão energética. Pessoas com anorexia nervosa podem ficar por muitas horas e até mesmo dias sem comer.
            Os depósitos de glicogênio são limitados e acabam em menos de 24 horas, é quando se dá o inicio do estado de jejum. As necessidades de glicose do cérebro devem ser completamente atendidas pela gliconeogênese, o que significa sacrificar aminoácidos das proteínas. Em virtude das proteínas serem de vital importância para as funções corporais, da atividade enzimática à função muscular relacionada à respiração e circulação, a utilização irrestrita de aminoácidos para a produção de glicose poderia rapidamente depletar as proteínas, causando a morte em questão de dias. Obviamente isto não acontece, pois na inanição, a adaptação ocorre pela mudança do substrato energético para o funcionamento do cérebro de um suprimento de substratos baseados na glicose para baseados em cetonas. Os ácidos graxos livres liberados pela lipólise são convertidos a corpos cetônicos no fígado que podem ser usados pelo cérebro e por outros tecidos para obtenção de energia.

Bibliografia
SHILS, MAURICE E.; OLSON, JAMES A.; SHIKE MOSHE; ROSS, A. CATHARINE. Tratado de Nutrição Moderna na Saúde e na Doença. 9. Ed. Volume 1.  
SHILS, MAURICE E.; OLSON, JAMES A.; SHIKE MOSHE; ROSS, A. CATHARINE. Tratado de Nutrição Moderna na Saúde e na Doença. 9. Ed. Volume 2.  

Postado por: Beatriz Freitas


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